segunda-feira, 27 de junho de 2011

Consternado

Sou um tédio quando me hospedo
Em meu refúgio que se chama solidão
Sou amargo quando choro sem motivo esperando o teu perdão

Desse modo assim sofro e continuou a me martirizar
Acreditando que nesse sadomasoquismo possa te encontrar
Deixa-me fazendo companhia a essa solidão para por fim ser eu e ela

Minha exclusiva companheira
Mentiroso sou em acreditar que a solidão é companheira fiel
Pois ela indo embora deixa apenas o vazio
Sentimento sem vida e sem prazer
O vazio não preenche, apenas retira.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Samba do Eu

Nesse momento eu tenho um desejo
Em outro ele se foi
Minha racionalidade tem sempre seu ponto de vista
As vezes é predominante

Apenas pensar não quer dizer concretizar
Nem apenas sentir quer dizer realizar
Isso me torna um ser normal
E as vezes digno de pena

Pensamentos comuns me atormentam
Na tentativa de fugir deles
Me encontro na mesmice
Essa é minha tragédia grega

Quem me dera se pudesse fazer um samba
Pra poder contar toda essa loucura normal
Se eu pudesse externa o que se passa em mim
Talvez assim essa inquietação sairia do meu ser

Mas aqui estou na mesmice do meu ser
Incompreensível na minha complexidade
Que é algo simples e comum a todo ser humano
Sendo irracional e inconclusivo
Sou mais um poeta e anti-poeta

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Bilhete...

Quando eu te toco, não é por vulgaridade, mas é como se em cada toque nossos corpos se tornasse um, chegando a um ponto de compartilhar o que o silêncio nos proporciona, apenas sentimos nossos respiros profundos em uma plena sincronia.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Em queda.

Me falta tempo pra falar
Queria nesse momento relembrar
Mas não é minha intenção
Ser nostálgico

Me confundo com você
Nas Palavras que escreve nas que profiro
Sou um ser dentro de outro ser
Minha caixa de pandora inquebrável

Notei que não há mais vida em meu olhar
Sou um ser perambulando sem alvo ou razão

E então eu corro com toda a minha força
Com a maior força possível pulo
Em dimensão ao nada
Caindo...e caindo me encontro

Cheguei a um ponto sem volta
Sou um combatente de uma guerra vencida
Sem limites nem fronteiras essa guerra
Está em meu interior

Puxei todo o ar e com toda a força
Prendi a respiração
Com toda a força bati na água
E então fecho os olhos

E no escuro encontro todo o refúgio que preciso
Para por fim não lutar e nem me gladiar
Mas por fim me encontro no meu infinito ser
Confuso e intruso e aqui eu estou