terça-feira, 30 de agosto de 2016

Se somos

Se eu não fosse eu
Quereria ser papel em branco
Se tu não fosse tu
Quereria que fosses caneta

Escreverias em mim todos os teus desejos
Se expressaria em mim e te mostraria ao mundo
Passaria de olho em olho e te revelaria
E nas entrelinhas eu seria feliz

Mas não sou papel
Nem és caneta
És admiração e alucinação minha
Sopro de vento que envolve e dissolve no ar
Passageira brisa
E eu sou areia levada por ti