quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Pra mãe!

Entendo sua frustração, de verdade eu entendo
Entendo que não sou perfeito nos seus respectivos critérios
Posso não estar na fase certa, no momento certo
Posso não ser o estereótipo pensando em seus sonhos

Entendo seu medo da possibilidade de magoá-la
Sei como deve ser difícil ver alguém tão instável
Entendo as diferenças de nossos pensamentos
E todas loucuras cometidas por mim
Mas...

Não tenha medo de não fazê-la feliz
Pois me coloquei nas mãos do Oleiro(Deus)
Serei moldado vagarosamente pra ela
E ela pra mim, seremos perseverantes juntos

E tudo o que pode acontecer, não nos importamos
Apenas confiamos nEle e somente nEle
Coisas ruins acontecem com pessoas boas
Mas farei o impossível pra não descer uma lágrima de tristeza do olhar dela

Serei seu ombro quando precisar
Jejuaremos juntos, oraremos juntos
E saberemos ouvir a voz de Deus em nosso íntimo
E aprenderemos a conviver em união

Desconfie da minha humanidade
Tome as devidas precauções que achar necessárias
Mas por fim tudo o que queremos é o entendimento
Que queremos, mais do que um momento só 
Mas dividir o que juntos construiremos.

Repetido

Como não ser repetitivo nas palavras
Elas são finitas e me deixam limitado em uma declaração
Usei tantas vezes as mesmas palavras e ainda uso
Sou pego na repetição da minha mente

Andando, deitado, onde for, três palavras ecoam
-Eu te amo. Mas isso não é tudo
O amor é tudo, as palavras não
Me prendo aos pequenos momentos dos olhares

Seguro você nos meus braços sem querer lagar
E o nosso beijo...
Queria que não terminassem
Nossos corpos são parte de um quebra cabeça
Que se torna perfeito e completo quando juntos

E fico a te desenhar no imaginário
Compondo cada traço
E imagino nos teus abraços com esse afago
Em apreço acontece um beijo entre nossa almas

Mesmo que por mil vezes te beije
Sempre será "a vez"
Teremos sempre essa
Repetição do novo

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Pra ela

Persistirei até que não haja mais palavras
Serei incisivo em te dizer coisas repetidas
Usarei palavras que já usei, cantarei e contarei
Serei monotemático e por horas ficarei calado

Te observarei e em meio ao silêncio
Começará brotar poesia
Sem pé nem cabeça ela se desenrolará
Me surpreenderei com as palavras

Resumirei, expandirei quando necessário
E a probabilidade é de você não entender
Confundirei com palavras e gestos meus
E serás a única que não ver

Recorrerei a escrita quando o seu olhar tiver vago
E quando eles não mais brilharem ao me ver
Então chorarei e serei um ser deprimente
E viverei crendo contra a esperança

Posteriormente ficarei perplexo
Com a influência de sua palavras aos ouvidos
E ficarei emburrado feito criança zangada
Poderás me punir como queres
Apenas não se afaste desse louco

Transito rapidamente entre maturidade e  imaturidade
E essa é a prova viva da minha irracionalidade
Mas não muda o fato do que existe em mim
Isso é meu, querendo compartilhar

(Bilhete)

Todo o olhar é vago no momento em que percebo que no teu olhar eu me perco, não posso escrever nem ao menos pensar em viver sua falta. Imaginar é ser humano irracional que perdeu o senso, facilmente sou levado ao limbo pela sua lembrança e continuamente essa sina que existe e persiste me aprisiona e agora sou refém de seu olhar.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Olhar no meu olhar

Pensei em milhões de coisas
Pensei em poesia, versos
Abstrai minha mente de tudo
Mas sem qualquer cerimônia
É a sua lembrança que não me deixa

São os seus olhos que vejo quando fecho os meus
O teu jeito meigo, nervosa
É o teu nome que ecoa nos meus ouvidos
Suas palavras que se mostram por gestos
E essa rigidez que cai ao chão quando o teu olhar está no meu olhar

E como diria o poeta
"Já tive mulheres...mas nem um delas me faz tão feliz como você me faz"
Porque de forma bem piegas é o seu olhar que gosto
O seu beijo é único, e desse jeito que sou feliz
E com você quero estar, mesmo que seja ao lado

Deixando todo o imediatismo de lado
Deixo o tempo correr, sempre esperançoso
Pensando que contigo um dia possa estar
Vivendo e sendo feliz
Como só ao teu lado posso ser

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Impaciente

Palavras ficam ecoando na minha mente
Dúvidas e incertezas são constante
Músicas de antigamente e melancólicas
Isso seria tristeza, ou seria...

As frases não se completam na minha mente
Como condicionar a mente a ignorar
Como irromper contra as idéias confusas
Duplamente é a frustração do então momento

"Deixe ser como está, deixa fingir e rir"
Música sem nexo...
Passei a questionar a tudo
Fiquei cético em acreditar na felicidade

Não estou deprimido, apenas um pouco depreciativo
Famosos escritores passam na minha mente tentando me consolar
Sou tomado por um súbito choro
Para de chorar, sentimentalismo ridículo e medíocre

Se durmo, não sonho, me alimento e não me sacio
Ficou um vazio e eu vou tentando sem sucesso
"Cicatrizar as feridas do coração"
Com uma reação de desprezo a essa frase

Volto ao meu choro sem dolo e desesperador
Pois a dor é uma companheira fiel
Não me deixa mesmo se muito insistir
Basta agora deixarei a vida se esvair de mim

sábado, 4 de dezembro de 2010

Sina

Meu coração parou
Nenhum batimento é sentido
Um corpo sem vida, ausência de sangue
Mas...ainda não estou morto

Estou vagando sem sentir nada
Com um vazio em meu ser, sem saber
O motivo real desse vazio
O preenchimento é necessário

O que quero deixo explícito
Sem precisar pedir nada
Lancei palavras, chorei mágoas
Falei com o olhar, Olhei sem falar

Confrontei e me enfrentei
Me esvaziei pra dá vida ao um outro alguém
Que por sua vez, assim não o fez
E agora?

Meu coração parou
Nenhum batimento é sentido
Um corpo sem vida, ausência de sangue
Mas...ainda não estou morto

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Folie à Deux

Suas perguntas seriam facilmente respondidas
Poderia te dizer o porquê e principalmente, pra quê
Mas não sei se você está pronta pra ouvir o que tenho a dizer
Na poesia eu encontro um refúgio pro que sinto

Declarando em palavras todo o sentimentalismo
Seja dor, amor, ódio...
Eu sou uma incógnita em alguns momentos
Sou confuso, me iludo fácil e me lanço fácil

Mas...não tente me ler de forma literal
O entendimento de tudo está nas entrelinhas e não nas palavras
Se você por um segundo abaixasse as armas então ai sim
Poderia ler, entender e como ninguém conseguiu, me compreenderia

Sou areia que nunca foi pisada, sou água virgem onde ninguém mergulhou
Ser assim, ser forte, ser feio, ser louco, ser
Em cinco minutos tudo mudou?

Tudo não passou de um delírio à dois
Não digas palavras que não poderá cumprir
Agora a conversa acabou!
(Mentira...)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mudanças Necessárias!

E agora peço licença pra você que por tanto tempo ficou
Jurei e até Ligava que essa tal fulAna ficaria
Chegou o momento que pensei que não chegaria
É hora de colocar em ordem a casa
É hora de retirar, hora de deixar partir

Chegou a hora de mudar o habitante
De forma vagarosa o novo habitante conquistou esse direito
Essa seria a hora que poderia explicar o decorrer de tudo
Mas não tem interesse de nenhuma das partes

Outrora tive medo desse momento
Mas não poderia está mais feliz de ter chegado
Finquei a esperança na areia e ela se esvaio
O medo se consistia na mudança que poderia ser pra pior
Mas o olhar dela mostra que o medo não terá alicerce

Ela consegue ser Mar, e quando estou com ela
"Cempre" fico confuso, sou um intruso no meu próprio ser
Ella confunde e se fundi, e sempre deixa transparecer tal amor
Cúmplices de um ato, que por fim é fato que estamos Apaixonados