terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Pra ela

Persistirei até que não haja mais palavras
Serei incisivo em te dizer coisas repetidas
Usarei palavras que já usei, cantarei e contarei
Serei monotemático e por horas ficarei calado

Te observarei e em meio ao silêncio
Começará brotar poesia
Sem pé nem cabeça ela se desenrolará
Me surpreenderei com as palavras

Resumirei, expandirei quando necessário
E a probabilidade é de você não entender
Confundirei com palavras e gestos meus
E serás a única que não ver

Recorrerei a escrita quando o seu olhar tiver vago
E quando eles não mais brilharem ao me ver
Então chorarei e serei um ser deprimente
E viverei crendo contra a esperança

Posteriormente ficarei perplexo
Com a influência de sua palavras aos ouvidos
E ficarei emburrado feito criança zangada
Poderás me punir como queres
Apenas não se afaste desse louco

Transito rapidamente entre maturidade e  imaturidade
E essa é a prova viva da minha irracionalidade
Mas não muda o fato do que existe em mim
Isso é meu, querendo compartilhar

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