segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Penso na morte com mais frequência do que gostaria
As vezes sinto a vida se esvair pelos dedos
Talvez por isso seja tudo ou nada a cada segundo
Por isso sonho em sempre viver ao máximo
Mesmo quando não seja necessário tanta intensidade
Talvez por isso eu queira gozar a vida como se o mundo fosse acabar

A morte virá
E o amor virá?
E a paixão ficará?
E nós?
Será que seremos?

E se nunca acontecer o que sempre desejamos?
E se ao olhar no espelho, vermos a imagem da estagnação?
Seria justo parar de anseiar?
Somos nós seres patéticos que por certo são utópicos por sonhar?
Ou por viver?

Busco viver mais do que racionalizar
E o fim quando chegará?
De certo não sabemos o que esperar do segundo seguinte
Podemos nos lançar ao desconhecido e por fim esperar
E por fim viver sem se preocupar
E por fim desejar o infinito
E por fim sermos finitos
Que sejamos eternos enquanto dure
Que sejamos patéticos por acreditar no pra sempre
Mesmo sabendo que o pra sempre, de certo acaba
E que a lembrança seja sempre impulso pra acreditar que o amor
Seja pela vida ou por alguém é força motriz pra querer viver
Mesmo que isso dure apenas o tempo de uma pulsação

Nenhum comentário: