Quando éramos crianças
Tudo parecia mais fácil
Um beijo bastava, o amor era sublime
Não tinha interesse nem pretensões
Éramos inocente e acreditávamos no amor infinito
Que tudo ia durar, que poderíamos viver só de amor
Ignorávamos fatos do tipo, o que vamos comer
Onde iremos trabalhar, ou morar
Conto de fadas era pouco pro que vivemos
Vivemos...pouco a pouco uma erva daninha foi crescendo em nós
Uma coisa que os adultos chamam de "maturidade"
Maturidade que te obrigam a ter, onde você tem que racionalizar tudo
Não tem espaço pra imprevisto, tudo tem que ser planejado
Então fomos deixando a utopia de lado e começamos a racionalizar
Então chegou dúvidas, medos, até que o amor se tornou último
E ai decidimos, não mais tentar, partimos em rumos diferentes
Não mais trabalhamos para viver
Mas as coisas que deveriam ser secundárias se tornaram primárias
No exato momento que a maturidade entrou.
Tomamos um choque
Porque em um momento sonhávamos e agora estamos acordados em um mundo feio
Não tem cores, muito menos amores
Somos agora robôs, que tem que ser programado para viver
E condenados, a passar isso adiante
Deixando coisas elementares para trás
E agora depois de tanto tempo
Vivemos na esperança
De ter de volta o que tiraram de nós
Esperança de voltar a sonhar como uma criança
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